quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Certas coisas simples...



Sou como você me conhece intensa demais. Resolvo minhas coisas de maneira impulsiva, mas sempre com muita verdade. Tenho pensamentos confusos e às vezes até intangíveis. Guardo sempre conselhos precisos. Choro com a mesma facilidade que dou intensas gargalhadas. Sou observadora até demais. Erro muito, mas reconheço. Sou corajosa, mas as vezes parece que não sei disso. Acredito que toda ação gera uma reação. Não sinto falta do passado e entendo que o que passou só me fez crescer! Não perdôo com facilidade. Tenho paixão por chuva, mas é no verão que me divirto! Sonho com intensidade, vivo intensamente. As coisas mais simples? Como: Tomar banho de chuva, um abraço apertado, uma amizade verdadeira, um olhar diferente, palavras sinceras, olhar pro céu, contar as estrelas, um sorriso, andar de mãos dadas, um amor verdadeiro... Então, é nisso que eu reparo, e é disso que eu gosto! Sou eternamente assim '

quarta-feira, 20 de março de 2013

Meu Plano




Era uma manhã tão linda e ensolarada que me motivou a chutar o balde. O sol tem essa mania boba de recarregar minhas energias e me libertar da negatividade que insiste em me acompanhar. Gastei todo o meu ódio e dei meu melhor grito de liberdade quando derramei a água velha, suja e que fazia parte de mim há tanto tempo, que eu já não sabia identificar se era pele, carne ou lodo. Vesti minha roupa preferida e uma sobreposição de inocência. Cansa bancar a esperta o tempo todo. Uma hora você deixa as armas de combate de lado, dá um sorriso que transborda ingenuidade e diz: “e agora?”.
Por ora, parei de esperar que as pessoas sigam meu script. Descobri que planejar demais não é o mesmo que realizar todos os seus planos e bater todas as suas metas. E a vida tem uma mania estranha de nos surpreender. Ela te dá o que quer, quando menos se espera. É quando você se pega com um sorriso no rosto e um surto de amnésia que não te deixa lembrar do quanto você já chorou. Ela te mostra que enquanto você quiser muito algo, vai haver uma distância razovável entre você e o seu objetivo. Isso tudo é aquilo que dizem sobre estar distraído o suficiente pra receber o que merece. Esperar demais cansa. E o cansaço te faz aceitar qualquer migalha.
Parei de desejar que fosse doce tudo o que me envolve. Comecei a desejar o amargo, o azedo ou qualquer coisa que saísse do maldito gosto que engorda as borboletas no estômago. Desejei o que de pior pudesse existir, porque de doce em doce, a única coisa que tem sobrado é meu enjoo de tudo. E dessa vez, só dessa vez, eu preciso ver que nem tudo dá tão errado assim e que ainda há esperança. Cansei da ânsia de vômito que o mundo me causa enquanto absorvo a doçura alheia. Hoje eu sei que não basta remar, re-amar e amar, tem que continuar. Sem se cansar, sem desistir, sem “mas…”. E de repente, você se pega não mais desejando, nem esperando. Apenas continuando. Eu tenho um plano: não fazer mais plano algum.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Vc sempre volta




Mais no fim vc volta.Vc sempre volta.Mesmo depois de uma daquelas nossas brigas feias,que ficamos sem nos falar por dias,semanas ou ate meses,quem sabe.Mesmo depois de vc ter encontrado com todas as mulheres desse mundo deizendo que desta vez ,com elas dariam certo.Mesmo qdo a sua vida se ajeita e finalmente tudo se encontra no lugar.Mesmo depois de dizer que nunca mais voltaria.So que vc volta.Volta e ainda diz q ta com saudade,que sente falta,que nao sabe viver sem.Agora me diz,que especie de pessoa deixa eu colocar a minha vida no lugar,e depois volta pra deixar tudo pelo avesso?Que especie de pessoa me deixa conhecer os melhores caras desse mundo,e depois volta so pra me mostrar que ninguem e melhor que vc? Que especie de pessoa que vive bem comigo,sem migo,e depois volta pra lembrar a falta que me faz? ASSUMO,NOS NAO TEMOS MAIS JEITO.Vc nao tem jeito pq sempre volta,e eu nao tenho mais jeito pq sempre deixo a porta aberta!!

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Vc nao sabe de nada!


Escrevo para você, que acha que tenho uma vida perfeita. Vem aqui, deixa eu te contar alguns segredos que talvez nem sejam tão secretos assim. Não sei por qual motivo a gente tem a sensação de que a grama do vizinho é mais verde, que a vida do outro é mais interessante, movimentada, feliz. Todo mundo tem lá suas glórias e deslizes.
Durante muito tempo tive um grave problema para aceitar quem eu era. Talvez fosse medo, covardia, insegurança. Talvez fosse um sentimento sem nome. Talvez fosse essa minha fome exagerada de viver. O fato é que minhas escolhas dizem quem eu sou. E hoje, com mais de 30, me sinto segura ao dizer que fiz certo o que muitos pensaram que era errado.
Eu já sofri muito com os desamores. Me apaixonei por pessoas erradas, me perdi de mim, culpei pessoas por uma infelicidade que morava no meu peito. Que bobagem, o que é nosso é nosso, é maldade jogar nas costas do outro uma coisa que te pertence.
Sofri bullying na escola quando era pequena. Meu rosto cheio de sardas eram motivo de piadinhas fora de hora. Depois eu superei. Perdi alguns amigos, fiz outros. No meio disso tudo descobri que mesmo o teu melhor amigo um dia vai te magoar e te deixar na mão. Faz parte da vida, do aprendizado e da construção da personalidade, afinal, a gente uma hora precisa entender que ninguém é perfeito.
Já me desentendi com familiares e depois de anos fiz as pazes. Já bati muito a porta do meu quarto, quando ainda morava com meus pais. Já briguei com meu pai por motivos fúteis. Já fiz mal criação, já fui mocoronga, já foram mocorongos comigo. E sobrevivi mesmo assim.
Gastei alguns dinheiros na sala do analista e descobri que faz bem e é bom. Mas também percebi que ninguém, ninguém mesmo, te salva. É você e você mesmo. E a gente precisa, sim, urgentemente aprender a conviver com todos os fantasmas que habitam nossa morada interna.
Já quis ser muitas coisas, hoje quero apenas ser quem eu sou e ainda assim me divertir. A vida é muito curta pra ficar de cara amarrada e arrumar problema em cada esquina. Quero mais é ser leve. E livre.
Aprendi que a vida fica bem mais colorida depois que a gente realiza um sonho. E que sonhos são muito, muito poderosos. Se a gente acredita e batalha, eles acabam acontecendo, por mais que demore anos.
Hoje posso dizer que me descubro cada vez mais. E agradeço por isso. A gente precisa se descobrir todo santo dia, de alguma forma, por outro ângulo. Acredito que tudo tem solução, sempre tem uma saída, sempre existe uma perspectiva. E acho que isso me dá força pra seguir em frente quando encontro algum obstáculo. Sei que nada vem de graça, mas acredito que ainda existe uma certa bondade nas pessoas, basta a gente procurar o melhor delas.
Não sou rica, mas vivo bem. Minha conta às vezes fica no vermelho, depois rosa, azul, verde. É um arco-íris. Já magoei e me magoaram. Já perdi quem era importante na minha vida. Já enfrentei doenças e tragédias na minha família. Já pensei que fosse morrer mais de uma vez. Luto diariamente contra uma Síndrome do Pânico e uma psoríase no couro cabeludo, mas entendo que certas coisas acontecem apenas para mostrar o quanto somos valentes. É por isso que não reclamo, aceito e entendo que um dia as coisas vão melhorar.
Demorei vinte e poucos anos anos para encontrar e conhecer o amor. E percebi que ele chegou quando eu estava preparada, calma, serena, sem pressa, sem desespero, sem ânsia. Ele me mostrou que é poderoso e que dois são sempre mais fortes do que um.


Por Clarissa Correa

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Ainda somos nós


Muitas pessoas já cruzaram a minha vida. Algumas permanecem até hoje, outras passaram como um vento e você...você se foi, mas não passa nunca. Nosso amor nunca foi fácil, desses que você vê andando de mãos dadas pelas ruas. Sempre escondido, proibido e mais forte que tudo e todos. No pouco tempo que durou, se fez eterno. Você é mais parte de mim do que pessoas que eu conheço a tantos anos e vejo quase todo dia. Hoje você tem sua vida, eu também tenho a minha e não é justo dizer que não somos felizes. O tempo passa, as coisas mudam de lugar, mas nossa história continua ali, fazendo sorrir de vez em quando. O pior já foi, as lágrimas já não se jogam, mas ás vezes ainda me escapa uma ou outra. Tua presença ausente, tua partida presente, uma saudade boa, mas que dói. Você se foi, mas de alguma forma, em algum canto do peito, ainda somos nós. Talvez nunca deixemos de ser.

Toda ressaca passa..

Das ressacas, tive a pior, a ressaca moral. Sem remedinho, repouso ou simpatia pra passar. O telefone de um lado, o orgulho do outro. Um filme da noite passada, sem final feliz. Eu sem você. O mundo me apontando o dedo, como se já não bastasse o meu. Acabou o café, acabou o sono, acabaram as desculpas pra não sair e encarar o mundo. Só que, por sorte, acabou também minha paciência de ouvir lição de moral de quem não tem moral faz tempo. Fiz porque eu quis e faço de novo, quando me der vontade. Foi assim que eu saí pela primeira vez depois do ocorrido, dando a cara a tapa, com meu melhor batom, uma roupa escolhida a dedo e um foda-se na ponta da língua. Não economizei grosseria, tô cansada de poupar pessoas que não se esforçam o mínimo pra me poupar de nada. Anota aí grossa na sua lista de julgamentos, joga na minha cara outro dia, numa próxima oportunidade. Quem não erra? Faça-me o favor, pra que tanta rispidez por eu ser humana? Podia comprar uns pães e usar o saco na minha cabeça, pra me esconder de toda essa falação, mas eu não ia conseguir me esconder de mim, então deixei pra lá. Só continuei ereta e me vesti de deboche.Porque não vale a pena, ninguém tava falando pra me ver feliz, era só pelo prazer de julgar, só queriam o gostinho de me ver na pior e isso eu não podia dar. Voltei pra casa e o telefone continuava me encarando, mas nada de tocar. Tá querendo que eu ligue? Pode desistir. Se ninguém mais se arrependeu nessa história, não seria eu quem iria inaugurar. Não sou de deixar pra lá, porque esse “lá” é sempre algum lugar dentro de mim e as coisas me assombram por anos. E sou impulsiva demais pra fazer o papel de vítima, nunca encarno o personagem e acabo me desculpando por coisas que eu nem fiz, só pelo hábito de ser vilã. Peguei o celular, depois de muita luta, deixei mensagem: “Não sou de cobrar, acho que as coisas tem que acontecer num fluxo natural. O que te cobrei, porque me doía a ponto d’eu atropelar minhas regras, te deixei faltar. Deixei, talvez, porque você me faltou demais e pra preencher teus espaços precisei de mais que textos, músicas e saudade. Se alguém chegou, foi porque você deu espaço. Eu não soube distribuir as vírgulas, porque sou assim, saio atropelando tudo, sem pausa, errei. Ainda tenho moral porque não fiz nada por aventura, fiz por desamor. E quando se trata disso, pra todo erro há uma absolvição. Não sei você, mas eu me perdoei. E me basta, porque de alguma forma absurda e irônica, fui a maior lesada dessa história toda. Mas me perdoei.” E deitei de consciência tranquila. A mensagem tinha sido meu remédio. Não contei pra ninguém essa história, muitos opinam e repassam boatos por aí, mas poucos sabem com detalhes o que realmente aconteceu. Sou muitas e todas elas são exigentes e críticas, então já enlouqueço sem ajuda,não preciso de outros donos da verdade. Não contei porque não interessa. Só vacilei, fiquei mal, encarei minhas consequências, deixei meu desabafo com quem merecia talvez uma breve explicação e dei sequência na vida. Toda ressaca passa, depois a gente procura por outra e por outra. Que também vão passar. Vomitei meu último foda-se e fui dormir, em paz.



Por Marcella Fernanda

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

As verdades que nem sempre a gente diz!!


Eu não sou quem você pensa. Sou orgulhosa, exibida, não sei dizer não, detesto passar roupa, não lavo a louça no dia em que faço as unhas, tenho preguiça de gente lenta, penso sem parar, engato um assunto no outro, vivo com as pernas roxas, pois sou estabanada. Detesto pimentão, abacate, arroz doce e tomate seco. 
Gosto de abraçar apertado, beijar estalado, olhar no fundo do olho até desvendar a pessoa por inteiro. Já me enganei muito com as pessoas, já menti, já falei o que não devia, já meti os pés pelas mãos, já fui imatura e sem noção. Já saí na rua de cabelo sujo, unha descascada e perna cabeluda. Já tentei ser uma super mulher e desisti dez segundos depois. Já tentei seduzir e fazer jogo, mas não combina comigo, meus olhos sempre me entregam e eu começo a rir quando faço tipo. Nunca usei ninguém e detesto ser usada. Nunca traí nem fui desleal, palavra pra mim é coisa séria. 
Meu lado criança acha que um dia vai mudar o mundo. Meu lado adulto também. Não jogo lixo na rua, mas não desligo a torneira enquanto esfrego um prato na pia. Prefiro cachorros, mas acho bonito o jeito que os gatos se movem. Adoro animais em geral, menos insetos e animais que são pegajosos. E não vou muito com a cara do passarinho que começa a cantar às três da manhã.
Já plantei árvore, já escrevi livros e quero ter um filho. Antigamente, queria dois ou três. Hoje acho que só quero um. Já gostei de pessoas e elas já gostaram de mim. Já iludi pessoas para deixar o meu ego de bem com a vida. Sim, eu sei que isso é horrível, mas eu tinha vinte anos e naquela época me achava a rainha da cocada preta. Já fui iludida por pessoas que queriam deixar seus egos de bem com a vida. É, o mundo gira e a gente sempre leva o troco.
Adoro chorar em filmes. E já fiquei me olhando no espelho enquanto chorava. Treinei tanto que hoje posso afirmar que choro bonito. Já passei trote, já apertei na campainha e saí correndo, já enchi de desaforo pessoas que não mereciam. 
Detesto perder quando estou jogando cartas ou qualquer outro jogo. E se perco mais de uma vez seguida sinto vontade de parar de jogar. É, eu não sei perder, confesso. Não gosto quando alguém não gosta de mim. Não gosto quando falam mal de mim. Não gosto quando sou criticada. Mas aprendi a lidar com isso, hoje procuro estar com minha consciência tranquila. E entendo perfeitamente que é impossível agradar a todos. 
É claro que é bom ser amada. Quem não gosta de um confete e serpentina? Mas prefiro sinceridade. Prefiro que você diga que não gosta de mim do que vir aqui, sorrir um sorriso quase sincero, virar as costas e falar mal. 
Nasci pra ser livre, mas preciso saber pra onde voltar. Gosto do meu aconchego, meu porto-seguro, minha paz. E encontro tudo isso na minha família. Descobri que o amor só vem quando a gente começa a curtir a própria companhia, afinal, para se entregar para alguém é preciso saber exatamente quem você é (e ainda assim ser feliz).